Parque Icnológico | Penha Garcia
A história do Parque Icnológico de Penha Garcia remonta há 480 milhões de anos, quando a região era banhada por um oceano cheio de vida.
Atualmente é visível uma sucessão desses fundos oceânicos transformados em camadas quartzíticas verticais pautadas de fantásticos vestígios da actividade das trilobites, as Cruziana e outros seres marinhos.
Os fósseis do Parque Icnológico de Penha Garcia dão relevância a um dos principais geossítios do Geopark Naturtejo reconhecidos pela UNESCO.
Nas escarpas que assombram o vale do Rio Ponsul, foram identificados, até agora, 36 formas de comportamento animal que remontam há cerca de 480 milhões de anos.
De abundância e preservação extraordinárias, aqui se mostram algumas das estratégias mais complexas desenvolvidas pelas trilobites ao longo da sua vida, paradigmas da evolução deste importante grupo de artrópodes, extinto há cerca de 250 milhões de anos.
Os padrões de origem biológica que preenchem as camadas verticalizadas de quartzito representam os modos de vida de comunidades marinhas que outrora habitaram os fundos arenosos de um oceano localizado no hemisfério sul.
ROTA DOS FÓSSEIS
Penha Garcia faz parte da Rota dos Fósseis do Geopark Naturtejo, e entre os penhascos da Aldeia até ao Rio Pônsul existem 3 quilómetros que nos fazem recuar 500 milhões de anos, até aos primórdios da vida. A Rota dos Fósseis, percurso pedestre criado em 2003 pela autarquia de Idanha-a-Nova, mostra por que razão o Parque Icnológico de Penha Garcia tornou-se local de culto para paleontólogos e cientistas de todo o mundo. É também uma das principais joias da coroa do Geopark Naturtejo, o primeiro geoparque português inserido na rede da UNESCO.